Attitude Agro .'.

Attitude Agro .'.
Semeando Attitude no Campo.'.

Gesso Agrícola


 

Gesso Agrícola é o melhor custo x benefício quando comparado a outras soluções no mercado.


Gesso Agrícola é o melhor custo x benefício quando comparado a outras soluções no mercado.


É recomendado aproveitar o período de entressafra para comprar, pois o valor do frete é bem mais barato nessa época.

Quanto ao início do plantio, não se preocupe. O Gesso Agrícola pode ser armazenado ao ar livre sem perder as suas propriedades.

#attitudeagro #Vendas #GessoAgricola

Gesso Agrícola, de Grajaú-MA

Gesso Agrícola, de Grajaú-MA 

Vendas Fone: (98) 98257-5499 Zap

#AttitudeAgro #Vendas #GessoAgricola

"A principal contribuição do Gesso Agrícola é a capacidade de complexar (neutralizar) o alumínio tóxico presente no solo."

Entenda as principais características do gesso agrícola.


 CI

Gessagem

Gessagem

Entenda as principais características do gesso agrícola.
Por: 

O gesso é um pó branco, cerca de 150 vezes mais solúvel do que o calcário e mais móvel que este, tendo uma maior movimentação em profundidade no solo. A aplicação de gesso agrícola (sulfato de cálcio), conhecida como “gessagem”, tem o objetivo de melhorar as características químicas nas camadas mais profundas do solo, melhorando o ambiente nestas áreas, permitindo às raízes uma melhor exploração em profundidade.

O gesso é obtido durante a produção de superfosfato simples, sendo um subproduto, e é aplicado no solo para aumentar os níveis de cálcio e enxofre, pois possui teores de 26 a 28% e 15%, respectivamente, de cada nutriente em sua composição. É usado também em solos salinos e sódicos como corretivo. Por ser mais solúvel do que o calcário, o gesso não promove a neutralização da acidez (não alterando o pH), porém, fornece cálcio rapidamente que pode ser lixiviado para camadas mais profundas, melhorando a fertilidade e aumentando a exploração das raízes. Mesmo que ocorra a neutralização do alumínio no solo, ocorre apenas uma troca de posições de acidez e alcalinidade, que é revertida conforme o passar do tempo. Tal efeito transforma o alumínio em uma forma menos tóxica, diminuindo assim a toxicidade causada por este elemento.

Assista o vídeo abaixo do canal Mais Soja, onde o professor da UFRGS Tales Tiecher ilustra a diferença entre calagem e gessagem:

 

Quando o cálcio e sulfato se dissociam no solo, formam complexos químicos com outros cátions e ânions, como por exemplo com o alumínio, tornando-o menos disponível para as plantas, reduzindo a toxicidade por alumínio. Este efeito torna-se importante a partir do momento em que os solos no Brasil possuem pouco cálcio (Ca) e muito alumínio (Al), principalmente nas camadas mais profundas, prejudicando a exploração das raízes que acabam ficando mais próximas da superfície do solo, comprometendo a absorção de nutrientes.

A recomendação de dose a ser aplicada no solo pode ser baseada nos teores de Ca e Al de acordo com a análise de solo. Outras recomendações levam em conta, também, a CTC (capacidade de troca de cátions). Dosagens excessivas resultam no transporte de nutrientes para camadas mais profundas, podendo causar deficiência de nutrientes como Magnésio e Potássio na superfície. Neste caso, pode-se aplicar gesso com calcário dolomítico, que fornece magnésio ao solo, e aumenta a retenção de potássio na camada arável.

Assim, temos como benefícios da gessagem o aumento do sistema radicular em profundidade, redução da saturação de alumínio, fornecimento de cálcio em profundidade e maior absorção de nutrientes em água. A utilização correta deste insumo se inicia com amostragem e análise do solo, passando para a correção através do uso de calcário, e então aplica-se o gesso, e finalizamos com a aplicação de fertilizantes.

Benefícios da gessagem

  • Efeito fertilizante
  • Condicionador de subsuperfície
  • Correção de solos sódicos
  • Aumento do Ca2+ em profundidade
  • Carreamento do Al3+ em profundidade (efeito pequeno, porém ocorre)
  • Diminuição da saturação por Al em profundidade
  • Aprofundamento radicular

Quando aplicar o gesso agrícola

Faz-se uma amostragem do solo na camada 20 - 40 e de 40 a 60 cm para culturas anuais. Para culturas perenes, 60 a 80 cm ou apenas a camada de 30 a 50 cm.
Existe a possibilidade de aplicar gesso agrícola quando o solo tiver uma ou mais das características abaixo na camada 20 - 40 cm:

  • Cálcio menor que 0,5 cmolc/dm3
  • Alumínio maior que 0,5 cmolc/dm3
  • Saturação por bases (V%) menor que 35%
  • Saturação por alumínio maior que 30% (alguns estudos citam 20%, outros 40%)

A época de aplicação depende do objetivo para o gesso: se for utilizado como nutriente, aplica-se na semeadura junto com adubação fosfatada. Se for aplicado como condicionador de solo, aplica-se a lanço na superfície, incorporado ou não.

 Momento de aplicação do gesso

Recomendamos assistir ao vídeo abaixo do canal AgroBrasil, que aborda os momentos de aplicação do gesso agrícola e as consequências:

 Quantidade de gesso a aplicar

Podemos calcular através da fórmula:

Sendo: 
NG = necessidade de gesso em kg/ha
V2 = Saturação por bases esperada (%)
V1 = Saturação por bases atual na camada 20 - 40 cm (%)
CTC = capacidade de troca catiônica na camada de 20 - 40 cm


Pode-se usar também o cálculo pela equação:


Em São Paulo, no lugar de 60, usa-se 50 para culturas anuais, e 75 para culturas perenes

No cerrado, usa-se a dosagem em função do teor de argila:

Tabela 1. Recomendação de gesso agrícola pela classificação textural do solo

Textura do soloDose de gesso agrícola
Culturas anuaisCulturas perenes
 ------------ kg/ha ------------
Arenoso (<15%)7001050
Média (15 - 35%)12001800
Argilosa (36 - 60%)22003300
Muito argilosa (>60%)32004800

Para correção de solos sódicos (prof. 30 cm), podemos aplicar quantidades de acordo com a tabela abaixo.

Tabela 2. Quantidade de gesso necessária para a correção de solos sódicos (prof. 30 cm).
Na trocável cmolc/dm3 (meq/100g solo)Gesso agrícola (CaSO4.2H2O) t/ha
14,2
312,6
521,0
729,4
937,8
1042,0

Fonte: Malavolta et al. 

 Gesso agrícola em sistema plantio direto

As respostas das culturas à gessagem são bastante variadas, podendo ocorrer grandes aumentos de produtividade (7 a 23%, dependendo das condições) ou até redução de produtividade (bastante observado em grãos). A diferença dos resultados pode ser causada a diversas variáveis como textura, tipo e acidez do solo, tipo de cultura, disponibilidade hídrica, dose de gesso, intervalo entre aplicação e cultivo etc. Desta forma, recomenda-se um bom diagnóstico de todos os aspectos antes da tomada de decisão.

O Departamento de Solos da Faculdade de Agronomia da UFRGS, através de um estudo, avaliou 43 publicações científicas sobre o uso do gesso em sistema plantio direto no Brasil e Paraguai, visando melhor compreensão das respostas da aplicação de gesso. A partir desta avaliação, observou-se que:

  • Cereais (milho, trigo, cevada, arroz e aveia branca) apresentaram maior probabilidade de resposta à gessagem quanto em solos com saturação por alumínio maior que 5% na camada de 20 a 40 cm. Estas culturas tiveram maior crescimento radicular devido à aplicação de gesso, melhorando a eficiência do uso do nitrogênio aplicado via fertilizante;
  • A soja respondeu positivamente apenas em solos com déficit hídrico e saturação por alumínio maior que 10% na camada de 20 a 40 cm. Em situações sem déficit hídrico, a produtividade só aumentou em solos com teor de Ca2+ trocável menor que 0,5 cmolc/dm3 e saturação por Al3+ superior a 40% na camada de 20 a 40 cm.
  • Em solos com acidez subsuperficial maior que 40% na cultura da soja, o gesso apresenta efeito apenas apaliativo na redução da toxicidade do alumínio. Neste cenário, recomenda-se a calagem com incorporação e reinicialização do sistema plantio direto.
  • Em solos com saturação por Alumínio menor que 5% na camada de 20 a 40 cm não se recomenda a aplicação de gesso. Em alguns casos, ocorre até a redução da produtividade. Alguns relatos apontam redução de produtividade em solos com mais de 60% de argila no Paraná. Tais efeitos ocorrem devido ao grande aumento no teor de cálcio, causando deficiência de Mg2+ e K+.

Se o objetivo for apenas fornecer enxofre, as doses são de 150 a 200 kg/ha, quando o teor disponível no solo é menor do que 7,5 mg/dm3.

 

Para complementar o conteúdo, assista o vídeo abaixo do canal "Valor Agro", em que o Engenheiro Agrônomo responde sobre a possibilidade de aplicar calcário e gesso juntos.

Anderson Wolf - Engenheiro Agrônomo

 Referências:

TIECHER, Tales; BAYER, Cimélio; HENRIQUE DE CASTRO PIAS, Osmar. Gesso agrícola no sistema plantio direto: quando podemos aplicar?. Revista Novo Rural, [s. l.], ano 3, ed. 35, p. 16-17, Outubro 2019.


Gesso agrícola e seu uso


 Gesso agrícola e seu uso

Por

Equipe Mais Soja

O uso do gesso agrícola (Sulfato de cálcio) vem crescendo nas lavouras brasileira, apresentando maior aceitação pelos agricultores em virtude dos benefícios diretos e indiretos da utilização desse fertilizante. O gesso agrícola é responsável pela melhora significativa do ambiente radicular em profundidade para as plantas, sua composição apresenta em média 15% de Enxofre (S) e 18% de Cálcio (Ca) (Embrapa).

Embora o gesso agrícola não altere o pH do solo, em virtude da sua maior solubilidade no solo quando comparado ao calcário, o gesso agrícola migra de forma mais rápida no perfil do solo, atingindo as camadas mais profundas. Além disso, o gesso agrícola pode diminuir a fitotoxidez de Alumínio no solo, pelo incremento de cálcio no sistema.

Embora o pH do solo não se altere, o incremento de cálcio no sistema proporciona melhores condições para o crescimento e desenvolvimento radicular em profundidade, uma vez que reduz o efeito tóxico do alumínio. Com o aumento do volume raízes, tem-se o aumento de volume de solo explorado e com isso maior absorção de água e nutrientes do solo. Além disso, o gesso agrícola também atura como uma importante fonte de enxofre para o sistema de produção.

Como uma das características do gesso agrícola é a maior solubilidade no solo quando comparado ao calcário, o gesso agrícola se torna uma interessante alternativa para uso principalmente em áreas de plantio direto consolidado, onde não se objetiva realizar o revolvimento do solo para a calagem em profundidade.



Embora o gesso não altere o pH do solo, trabalhos avaliando o efeito da gessagem no cultivo da soja vem demonstrando resultados interessante. Ainda que Geudes Junior (2017) avaliando o efeito do gesso agrícola no crescimento radicular e produtividade da soja, assim como Freitas et al. (2017) não tenham encontrado diferença significativa, outros autores como Santos et al. (2017) e Ascari & Mendes (2017) observaram incremento na produtividade da soja quando utilizado o gesso agrícola.

Figura 1. Produtividade de soja em função de doses de gesso agrícola aplicado na superfície do solo. Tangará da Serra (MT), UNEMAT, safra 2014/2015. (Ascari & Mendes, 2017).

Fonte: Ascari & Mendes (2017).

Quando avaliado o uso do gesso agrícola em diferentes sistemas de manejo, sendo eles sistema plantio direto e escarificado, a adição de gesso agrícola proporcionou aumento de produtividade em ambos os manejos, conforme observado por Santos et al. (2017).

Tabela 1. Produtividade de grãos de soja (kg ha-1) cultivar NA 5909 RG, em dois sistemas de manejo do solo, com e sem aplicação de gesso agrícola. Londrina, PR, 2016 (Santos et al., 2017).

Fonte: Santos et al. (2017).

Uma das possíveis causas da falta de harmonia entre os resultados de trabalhos avaliando as respostas da gessagem na produtividade de culturas como a soja e crescimento radicular, pode estar relacionado a características químicas e físicas do solo, assim como práticas de manejo e sistemas de cultivo. Contudo, conforme observado por Souza; Lobato; Rein (2005), o uso do gesso agrícola quando em condições necessária e adequadas pode promover a melhor distribuição de raízes no perfil do solo, e com isso, aumentar o volume de solo explorado e refletindo em melhores respostas da planta a períodos de déficit hídrico.

Figura 2. Distribuição relativa de raízes de milho no perfil de um latossolo argiloso, sem aplicação e com aplicação de gesso (Souza; Lobato; Rein, 2005).

Fonte: Souza; Lobato; Rein (2005).

Tendo em vista a maior solubilidade do gesso agrícola em comparação ao calcário, o gesso se trona uma interessante alternativa para uso em sistema plantio direto consolidado, já que a ação do calcário fica restrita as camadas superficiais do solo. O gesso agrícola não altera o pH do solo mas tende a reduzir o efeito de toxidade do alumínio, além de ser fonte de enxofre para o sistema.

Veja também: Solos ácidos – Calagem ou gessagem? 

Para o uso do gesso agrícola deve realizar a amostragem do solo para a realização da análise química da fertilidade do solo. As amostras devem ser coletadas nas profundidades de 20 a 40 cm e de 40 a 60cm. Se os resultados das análises indicarem que a saturação de alumínio é maior do que 20% ou o teor de Cálcio menor que 0,5 cmolc/dm3 há probabilidade de resposta do gesso e este deve ser aplicado ao solo (Embrapa). Consulte um Engenheiro Agrônomo!


Referências:

ASCARI, J. P.; MENDES, I. R. N. DESENVOLVIMENTO AGRONÔMICO E PRODUTIVO DA SOJA SOB DIFERENTES DOSES DE GESSO AGRÍCOLA. Revista Agrogeoambiental, Pouso Alegre, v. 9, n. 4, dez. 2017.

EMBRAPA. PRODUTORES DEVEM FICAR ATENTOS AO USO DO GESSO AGRÍCOLA. Embrapa, Notícias. Disponível em: <https://www.embrapa.br/busca-de-noticias/-/noticia/18119102/produtores-devem-ficar-atentos-ao-uso-do-gesso-agricola>, acesso em: 04/11/2020.

FREITAS, D. C. et al. EFEITO DE DOSES DE GESSO AGRÍCOLA E ALTERAÇÕES QUÍMICAS OCORRIDAS NO PERFIL DO SOLO EM SISTEMA DE PLANTIO DIRETO CONSOLIDADO CULTIVADO COM SOJA. Revista da Jornada da Pós-Graduação e Pesquisa – CONGREGA, 14° Jornada de Pós-Graduação e Pesquisa, 2017.

GUEDES JUNIOR, F. A. GESSO AGRÍCOLA: EFEITOS NO CRESCIMENTO RADICULAR E NO RENDIMENTO DE GRÃOS DA SOJA. Universidade Estadual do Oeste do Paraná, 2017.

SANTOS, E. L. et al. CRESCIMENTO DE RAÍZES E PRODUTIVIDADE DE SOJA INFLUENCIADOS PELA ESCARIFICAÇÃO E GESSAGEM. Resumos expandidos da XXXVI Reunião de Pesquisa de Soja, 2017.

SOUSA, D. M. G.; LOBATO, E.; REIN, T. A. USO DE GESSO AGRÍOCOLA NOS SOLOS DO CERRADO. Embrapa, Circular Técnica, n. 32, 2005.

Qual a importância da construção de perfil do solo?

Qual a importância da construção de perfil do solo?

A construção de um perfil de solo favorável ao desenvolvimento e aprofundamento do sistema radicular é um dos grandes desafios dos produtores brasileiros, tanto, que nos últimos anos, este é um assunto gerador de grandes discussões, principalmente, pelos benefícios que essa técnica proporciona nas lavouras.

Uma das principais funções quando se fala em construção de perfil do solo é o combate ao alumínio tóxico em subsuperfícies e também o aumento nos teores de cálcio, com o objetivo de ter a possibilidade da raiz da planta descer com maior profundidade. Ou seja, quando é possível que o sistema radicular desça em maior profundidade, consegue-se uma maior absorção de água e nutrientes, o que gera uma maior estabilidade produtiva.

No entanto, o maior desafio concentra-se em encontrar a melhor alternativa para cada propriedade, porque cada lavoura possui uma variabilidade química diferente e é justamente por isso, que a nossa equipe técnica inicia o processo de construção de perfil do solo, com o mapeamento da fertilidade em superfície, ou seja, primeiramente, mapeamos a parte superior do solo para realizar as correções necessárias e o planejamento do que será preciso para fazer a correção das subsuperficies.

Portanto, para a correção da subsuperficie é preciso coletar uma amostra em profundidade maior, geralmente, trabalhamos com amostras de 20 a 40 cm para avaliar os teores de alumínio e cálcio presentes nessa camada. Com essa avaliação em mãos, é possível estudar cada análise para fazer uma sugestão sobre qual a melhor alternativa para se otimizar quimicamente aquela camada e fazer com que tenha o desenvolvimento radicular mais adequado, com isso, o agricultor terá maior produtividade, porque conquistará uma estabilidade produtiva ao longo do tempo.

Fonte: https://www.agroprecision.com.br/

23/09/2020

Sobre o uso do gesso agrícola na lavoura


 Sobre o uso do gesso agrícola na lavoura

26/07/2019 | AgroUrbano

 

De acordo com os especialistas, a aplicação de gesso agrícola no solo auxilia na reposição de cálcio e enxofre e, também, melhora o ambiente em subsuperfície.

O déficit de cálcio e de enxofre e a presença do alumínio tóxico são algumas das principais características dos solos brasileiros. Para repor esses nutrientes e combater o vilão do alumínio, um dos compostos minerais mais eficientes disponíveis hoje no mercado é o sulfato de cálcio, chamado também de gesso agrícola ou fosfogesso.

O produto é obtido durante a produção do ácido fosfórico, em que a rocha fosfática reage com o ácido sulfúrico, resultando no ácido fosfórico e gerando como co-produto o sulfato de cálcio (gesso).  

De acordo com os especialistas, a aplicação de gesso agrícola no solo auxilia na reposição de cálcio e enxofre e, também, melhora o ambiente em subsuperfície. Para solos salinos e sódicos, o gesso é utilizado, também, como condicionador e corretivo. Atuando como um aliado do calcário agrícola, ainda que não corrija pH, o gesso é uma importante fonte de cálcio e enxofre solúveis, como lembra o diretor técnico do Instituto de Ciências Agronômicas (INCIA), Elmar Floss.

"O gesso não modifica o pH, mas é uma fonte de cálcio e enxofre no solo. Além disso, o sulfato, que tem carga negativa, carrega cálcio e magnésio em profundidade. E o cálcio é o principal ativador de crescimento de raízes. A raiz cresce ao toque do cálcio e, ao mesmo tempo, vai haver uma redução da atividade do alumínio", enfatiza Floss.

O gesso agrícola é estudado desde 1970, com ensaios em parcelas que receberam superfosfato simples (que contém cerca de 50% de sulfato de cálcio em sua composição). Os pesquisadores observaram que quanto maior o aprofundamento do sistema radicular, maior a absorção de água, menores os teores de alumínio e maiores os teores de cálcio. A conclusão desses estudos comprovou que esses benefícios foram oriundos do gesso. 

Portanto, o uso do gesso agrícola não é moda. É objeto de pesquisa desde a década de 1970 e, cada vez mais, se torna uma alternativa viável agronômica e economicamente ao produtor, pelo seu custo-benefício.

Em comparação com outros produtos para reposição de cálcio e enxofre, a principal vantagem do gesso é a sua dissolução, que permite que ele chegue às camadas mais profundas do solo. A aplicação de gesso agrícola atinge uma profundidade de até 60 centímetros no solo, uma vez que o produto chega a ser 150 vezes mais solúvel que o calcário. Isso estimula o crescimento do sistema radicular das plantas e a absorção de nutrientes é maior, como explica o professor e pesquisador da Esalq/USP, Godofredo Cesar Vitti: "o gesso agrícola ou fosfogesso é um milagre! O produtor não precisa incorporá-lo, ele desce no perfil. Como qualquer fertilizante, o gesso agrícola se reparte em cálcio e enxofre. Uma parte vai para o subsolo arrastada pela água da chuva. Essa parte do gesso que ficou em cima eu uso como fertilizante, principalmente como fonte de enxofre, e a parte que desceu eu uso para melhorar subsolo", destaca. 

Conheça sobre o produto Gesso Agrícola:

- O sulfato de cálcio serve: O Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) autoriza o registro de sulfato de cálcio como fertilizante. Logo, além de condicionar o solo, neutralizando o alumínio, ele atua como fornecedor dos nutrientes cálcio e enxofre.

- O gesso agrícola não é fornecedor: O sulfato de cálcio fornece cálcio e enxofre, nas formas prontamente disponíveis a planta. Sua composição química é CaSO4.2H2O

- O gesso só fornece cálcio e enxofre: O sulfato de cálcio (gesso), seja na forma granulada, farelada ou pó, fornecerá cálcio e enxofre sempre que houver hidrogênio e/ou alumínio, ou seja, sempre que houver acidez trocável (Al + H) e acidez ativa (H). Como a maior parte dos solos brasileiros apresenta acidez, nas camadas superficiais e mais profundas, o sulfato de cálcio fornecerá cálcio e enxofre nessas duas camadas.

A presença de calcário vai impedir que o gesso libere cálcio e enxofre à planta, nas camadas superficiais?

Mito - Seria verdade se o calcário fosse incorporado, bem homogeneizado e aplicado na dose precisamente correta. Acontece que o calcário aplicado sobre a superfície, por ser praticamente insolúvel, demora anos para descer de 0cm a 3cm no solo. Sendo assim, o gesso, por ser até 150 mais solúvel, atravessará essa camada de calcário na forma de CaSO4 e assim que encontrar hidrogênio e alumínio, de 3cm em diante, dará início a sua "quebra" e, portanto, na liberação de cálcio e enxofre à planta.

O gesso agrícola:

O gesso agrícola tem múltiplas aplicações. Serve para neutralizar sódio; serve para flocular as argilas, "afrouxando o solo"; serve para aumentar cálcio em solução; serve para induzir enraizamento; serve para proteger o fósforo; serve para manter por mais tempo o nitrogênio na forma de NH4+; serve para induzir maior resistência da planta a veranicos; serve para nutrir a planta com cálcio e enxofre, nas formas prontamente solúveis e, por fim, serve ainda para fazer construção de perfil de solo.

SORGO - BRS Ponta Negra 🎋

SORGO - BRS Ponta Negra 🎋 SORGO - BRS Ponta Negra 🎋 Sorgo forrageiro do tipo variedade. Apresenta alta produção de biomassa com melhor cus...

Top 10