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Semeando Attitude no Campo.'.

Autorização para porte de arma poderá dispensar comprovação de necessidade

  • 19/07/2018 |
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  • Agência Senado
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Maranhão é o relator na CCJ Roque de Sá/Agência Senado
Qualquer cidadão poderá ser autorizado a portar arma de fogo independentemente de demonstrar efetiva necessidade, bastando atender a outros pré-requisitos estabelecidos pelo Sistema Nacional de Armas (Sinarm), como comprovação de idoneidade, ocupação lícita e residência fixa, além de capacidade técnica e aptidão psicológica. Essa simplificação do processo é defendida em projeto de lei do Senado pronto para votação final na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ).
O PLS 480/2017 exclui do Estatuto do Desarmamento (Lei 10.826, de 2003) a exigência de o interessado em adquirir arma de fogo apresentar uma declaração de efetiva necessidade. E faz isso ao revogar dispositivo da norma que condiciona a autorização do porte de arma à comprovação de "efetiva necessidade por exercício de atividade profissional de risco ou de ameaça à sua integridade física".
A proposta é do ex-senador Cidinho Santos, que, ao justificá-la, acusou a Polícia Federal de recusar muitos pedidos de licença para compra de armamento com base em critérios “discricionários”, como a “não demonstração da efetiva necessidade” de posse e porte de arma de fogo.
“Observa-se, pois, que o Estatuto do Desarmamento restringiu, de forma desarrazoada e desproporcional, os direitos fundamentais à liberdade e à propriedade dos cidadãos no que diz respeito ao acesso às armas de fogo, ao conferir à autoridade administrativa plena discricionariedade na concessão do registro e na autorização do porte de armas de fogo, a despeito do preenchimento de todos os requisitos objetivos assentados na Lei”, sustentou Cidinho em defesa do projeto.
Diante do registro de mais de 60 mil homicídios por ano no Brasil e da incapacidade do poder público em garantir a segurança dos cidadãos, o relator do texto na CCJ, senador José Maranhão (MDB-PB), considerou a iniciativa “conveniente e oportuna”.
Se aprovado e não houver recurso para votação pelo Plenário do Senado, o PLS 480/2017 será enviado à Câmara dos Deputados.

Produtores brasileiros conhecem novas tecnologias nos Estados Unidos

O Programa Empreendedores Sem Fronteiras, promovido pela AgroBravo em parceria com a Iowa State University, chegou ao seu terceiro dia, na quarta-feira, com palestras com especialistas, na parte da manhã, e visitas técnicas a cooperativas e startups focadas em agricultura, na parte da tarde.
Na parte da manhã, o consultor Joe Kerns, da Kerns & Associates, falou sobre a produção de grãos nos Estados Unidos, mostrando o histórico das ultimas safras, além de analisar dados do mercado internacional de comanditeis e projetar cenários para a próxima safra nos Estados Unidos, mostrando as oportunidades que poderão surgir e alavancar o consumo de milho para produção do etanol nos próximos anos.
De acordo com Kerns, a demanda mundial da soja deve continuar crescendo cada vez mais, seguindo a tendência dos últimos 14 anos, principalmente pela grande demanda da China pelo produto. A China atualmente é responsável pelo consumo de cem milhões das 130 milhões de toneladas ofertadas no mercado externo. Ele prevê que num futuro próximo os Estados Unidos serão dominantes na produção de milho e a América do Sul na produção de soja e destacou que recentemente, de acordo com dados da USDA, a safra deste ano deverá estar entre as três melhores safras da história dos Estados Unidos.
Também palestraram na quarta feira o economista de gestão agrícola, Chris Boessen e o especialista em mercado de grãos da Iowa State University, Chad Hart.
A parte da tarde foi destinada a visitas a uma cooperativa e uma empresa incubadora de estartups que desenvolve trabalhos em parceria com a Iowa State University.
Landus Cooperative
Visita a Landus Cooperative, maior cooperativa de Iowa
A Cooperativa Landus é a maior do Estado de Iowa e tem aproximadamente 7 mil membros, 600 funcionários, sendo 34 agrônomos responsáveis por dar assistência técnica e prescrever aplicações de fertilizantes e defensivos. Ela possui uma planta de esmagamento para atender a demanda interna de soja, um centro de armazenagem com capacidade para 4,82 milhões de toneladas de grãos e o controle de sete ferrovias em Iowa para escoamento dos grãos e produtos dos associados para pontos estratégicos, como portos do Rio Mississipi, sem depender de intermediários.
Vermeer Corporation
A Vermeer Corporation é uma incubadora de startups que tem o apoio da Iowa State University e possui atualmente sete estartups voltadas para a agricultura e tem a intenção de investir em mais 15 nos próximos anos. Três dessas startups compartilharam suas experiências com o grupo brasileiro, apresentando soluções aplicadas à agricultura, que estão em desenvolvimento e chegando ao mercado.
EnGeniousAg
A EnGeniousAg é uma startup que desenvolve sensores de nutrientes para utilização no campo, baratos e acessíveis com o objetivo de melhorar as práticas agronômicas e o trabalho do agricultor. São sensores que leem instantaneamente a concentração de nitrogênio nas plantas, na água e no solo. Outros sensores mais avançados estão em fase de desenvolvimento, como os “Plant Tatoo”, sensores em forma de tatuagem na folha da planta que medem o nível de perda de água e permitem antecipar a intervenção com irrigação antes que a planta atinja níveis críticos de estresse hídrico e sem desperdício de água.
Performance Livestock Analytics
A Performance Livestock Analytics desenvolve softwares para confinamento de gado de corte. São tecnologias automatizadas para coleta, processamento e fornecimento de informações uteis no dia-a-dia de uma unidade de confinamento, como a leitura da quantidade de ração sobrada no coxo, fornecendo informações necessárias para preparar o próximo trato que será servido.
SmartAg
A SmartAg está desenvolvendo um produto bastante inovador e futurista. Trata-se de uma tecnologia autônoma que dispensa o uso de operador no trator que conduz a carreta graneleira. Um conjunto instalado na colheitadeira e no trator possibilita que um único operador controle as duas máquinas. A tecnologia já deve ser apresentada no Farm Progress Show deste ano, que acontece em agosto.
Os Programa Empreendedores Sem Fronteiras tem extensa programação até a próxima sexta-feira, quando o grupo de 18 jovens produtores encerra a viagem com dois dias de turismo na cidade de Chicago.
O curso está sendo realizado na Iowa State University

IMAmt e Evogene firmam acordo de pesquisa para prospecção de genes de resistência a pragas de grande impacto para a cotonicultura

  • 19/07/2018 |
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  • Martha Baptista
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O Instituto Mato-grossense do Algodão (IMAmt) e a empresa israelense Evogene anunciaram esta semana a assinatura de um novo acordo de pesquisa para prospecção de genes de resistência a duas pragas de grande impacto para a cotonicultura brasileira: bicudo-do-algodoeiro e Spodoptera frugiperda, também conhecida como lagarta do cartucho ou lagarta militar, que afeta outras culturas do Cerrado mato-grossense.
Nessa parceria, a Evogene ficará responsável por identificar em seu vasto banco de dados moléculas potencialmente eficazes no controle do bicudo e de S. frugiperda, que serão validadas pelo IMAmt – por meio da equipe do Programa de Melhoramento e do Laboratório de Biotecnologia e Bioensaios - visando o desenvolvimento de materiais transgênicos.
"O papel do IMAmt será a validação dos genes fornecidos pela Evogene e sua possível utilização no desenvolvimento de plantas resistentes ao bicudo e S. frugiperda", explica o pesquisador Leonardo Scoz, que coordena o Laboratório de Biotecnologia instalado no Centro de Treinamento e Difusão Tecnológica Ampa/IMAmt do Núcleo Regional Sul, em Rondonópolis. 
A Evogene já vem participando de um projeto maior, realizado com o financiamento do Instituto Brasileiro do Algodão (IBA) e denominado Projeto de Plataforma de Pesquisa - Desenvolvimento de algodão resistente ao bicudo, que conta também com a participação de pesquisadores da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia (de Brasília – DF) e da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), entre outras instituições.
"Quando visitamos a Evogene, constatamos o grande potencial para a colaboração com o IMAmt. Observamos a eficiência da empresa na entrega de seus trabalhos, já em nossa primeira experiência de parceria. Estamos confiantes de que juntos seremos capazes de responder a vários desafios que a agricultura tropical nos apresenta", comenta Alvaro Salles, diretor executivo do IMAmt.
Arnon Heyman, VP Evogene and GM of Ag-Seeds division, diz que está muito feliz com a parceria com o IMAmt, instituto de pesquisa criado por produtores associados à Ampa (Associação Mato-grossense dos Produtores de Algodão). Segundo Heyman, com o avanço na descoberta e seleção de novas toxinas, oriundas do banco de dados de genes inseticidas da Evogene, podem ser encontradas soluções com grande potencial para o controle de pragas que têm sido devastadoras para o cultivo de algodão na América do Sul.

Colheita do algodão está surpreendendo na produtividade

A maior parte do país está com céu aberto e sem nenhuma previsão de chuva, com exceção apenas para a faixa litorânea da Bahia e o noroeste da região Norte. Assim, consequentemente temperaturas se elevam rapidamente ao longo do dia, sendo que em muitos locais, as temperaturas máximas ficarão superiores à média para essa época do ano.
Todos os trabalhos de campo, como colheita e tratos culturais estão sendo realizados sem grandes transtornos. Vale ressaltar que quanto mais avança a colheita do algodão tanto no Mato Grosso quanto na Bahia, mais se observa que as médias de produtividade estão realmente magnificas, superando, em alguns casos, as médias da safra passada.
Situação das lavouras
Com relação ao milho safrinha, ele já tem bastante discrepância entre uma área e outra. Enquanto alguns produtores conseguem atingir médias superiores a 120 sacas por hectare, outros não chegam às 85 sacas por hectare, muitas vezes numa mesma microrregião. O que levará o Brasil a colher uma safra de milho em torno dos seus 55 a 57 milhões de tonelada.
O grande problema está sendo, novamente, com a cultura do trigo. Triticultores do norte e noroeste paranaense amargam prejuízos em suas lavouras por conta da forte estiagem que vem atingindo essas localidades nas últimas semanas, além disso, em algumas regiões do Rio Grande do Sul, são as chuvas que não dão tréguas. Para a cana-de-açúcar e o café, as condições mesmo que secas, estão favorecendo o rápido avanço da colheita, bem como beneficiando a indução floral do café e a concentração de ATR (Açúcares Totais Recuperáveis) na cana.
Porém, a partir de amanhã, sexta-feira (20), o avanço de uma frente fria pelo Rio Grande do Sul irá mudar o tempo, voltando uma condição instável e chuvosa até domingo (22). Esse sistema deverá avançar apenas sobre partes de Santa Catarina, com isso, todo o restante do Brasil continuará com tempo seco e sem previsão de chuva. Entretanto, na semana que vem, uma nova frente fria irá avançar sobre o Sul e poderá ter intensidade para provocar chuva também sobre as áreas produtoras do Paraná, São Paulo e sul do Mato Grosso do Sul. Porém, essa instabilidade será de fraca intensidade.
Saiba mais aqui.

Arrozeiros poderão repactuar vencimentos em até sete anos

  • 20/07/2018 |
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  • Nestor Tipa Júnior
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O Banco do Brasil oficializou condições de renegociação em até sete anos com juros de contrato original. A notícia foi bem recebida pelo setor produtivo arrozeiro do Rio Grande do Sul, que por meio de suas entidades representativas vêm buscando soluções de forma a amenizar a situação de produtores com dificuldades e ou inadimplentes devido aos baixos preços do produto no mercado, além de quebra de safra por causa do clima.
Conforme o presidente da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz), Henrique Dornelles, este é o resultado de um trabalho conjunto das entidades. "Isto é fruto de um trabalho responsável, coerente e sério da Federarroz, da Farsul e do Irga no convencimento da necessidade dos agentes financeiros, em especial o Banco do Brasil, em buscar uma saída para os produtores que sofreram nos últimos tempos com os baixos preços e condições climáticas", salienta, alertando que a medida também deverá fortalecer a garantia alimentar do país.
Dornelles ressalta a dedicação do Banco do Brasil em buscar uma solução adequada aos produtores neste momento em que se precisou de sensibilidade para entender a situação do setor arrozeiro. "O Banco do Brasil demonstra que é o banco do agronegócio, que vem sendo protagonista nas tomadas de decisões", observa, lembrando também do papel destacado do deputado Jerônimo Goergen (Progressistas-RS), que trabalhou intensamente na repactuação das dívidas dos produtores rurais brasileiros, sem prejuízo ao Ministério da Agricultura, sob a tutela do Secretário de Política Agrícola Wilson Araújo.
O presidente da Federarroz reforça que, ainda assim, convém ter claro que o Banco do Brasil executa a política agrícola do país, não sendo responsável por formatá-la. "Todos os agentes financeiros facultam ao produtor escalonar os vencimentos, buscando melhores condições de preços para faturamento do produto, muito diferente das demais modalidades disponíveis no mercado", explica.
A Federarroz reforça que os produtores devem procurar as agências com disposição à negociar. Lembra que quando há aumento da inadimplência de determinado setor, os demais mutuários, adimplentes, acabam sofrendo maiores exigências de garantias. "Portanto, deixar de negociar, ficando inadimplente, é criar dificuldades aos demais", conclui Dornelles.

Agronegócio é o setor mais vulnerável ao tabelamento dos fretes

  • 20/07/2018 |
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  • Cepea
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O agronegócio é o setor com maior vulnerabilidade ao tabelamento de fretes na economia brasileira, frente à possibilidade de elevação dos custos e a ineficiências na precificação, segundo apontam pesquisadores do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP. Isso ocorre porque 42,3% de todos os serviços de transporte no País foram utilizados pelos produtos do agronegócio, segundo dados da matriz insumo-produto do IBGE de 2010 (percentual que provavelmente não passou por alterações muito significativas até o período presente).
De acordo com o estudo do Cepea, a grande intensidade do uso de transportes e o baixo valor em relação ao volume transportado, notadamente para atividades relacionadas à agricultura e agroindústria, tornam o agronegócio o setor mais vulnerável da economia.
No agro, as atividades mais vulneráveis ao tabelamento dos fretes são os cultivos de milho, laranja, arroz e a produção de leite. Ainda, os possíveis maiores impactos financeiros podem ocorrer nas cadeias da soja, da cana-de-açúcar, do milho e da bovinocultura de corte.
O artigo dos pesquisadores do Cepea aponta que a pressão sobre os custos do agronegócio recairá em menor remuneração ao produtor e repasse de grande parte destes custos ao consumidor final, prevendo-se, assim, impacto inflacionário importante, o que pode ser temerário em um período em que a economia brasileira ainda apresenta frágil perspectiva de recuperação.
GREVE DE CAMINHONEIROS – A paralisação de milhares de caminhoneiros no final de maio teve como efeitos imediatos o desabastecimento, a alta de preços e os consequentes impactos negativos diversos em diferentes setores econômicos, devido à dominância absoluta do transporte rodoviário no Brasil. Em reação, o governo federal brasileiro fez uma série de concessões e promessas à classe caminhoneira e de transportes, como a Política de Preços Mínimos de Transporte Rodoviário de Carga, editada na Medida Provisória 832/2018, cuja aprovação foi realizada em plenário do Congresso apenas em 11 de julho.
Tal política tem sido alvo de fortes críticas de diferentes segmentos da sociedade e ganhado os holofotes do debate econômico, principalmente pelo desconhecimento dos efeitos que possam ser decorrentes de tal medida.
Confira o artigo completo aqui.

https://www.cepea.esalq.usp.br/br/documentos/texto/a-vulnerabilidade-do-agronegocio-as-ineficiencias-do-tabelamento-de-fretes-autores-nicole-renno-leandro-gilio-e-arlei-fachinello-coordenacao-da-pesquisa-geraldo-barros.aspx

Venda da marca Arysta para a UPL fecha em 4,2 bi de dólares


A Platform Specialty Products anuncia a venda da Arysta LifeScience, sua unidade de negócios de soluções para a agricultura, para a UPL Corporation por US$ 4,2 bilhões. O negócio criará uma nova companhia, que deverá se tornar a quinta maior empresa de proteção de cultivos do mundo. Juntas, UPL e Arysta formarão uma companhia orientada para soluções, com  portfólio para uma grande variedade de culturas. A expectativa é que a negociação seja concluída no final de 2018 ou início de 2019.

A Arysta cresceu e amadureceu nos últimos anos por meio de aquisições, integrações e investimentos, dobrando o potencial de valor de vendas do seu pipeline de P&D, concentrando os negócios em soluções especializadas de alto valor e desenvolvendo uma equipe de classe mundial.
A UPL é uma companhia de rápido crescimento em suprimento e produção de produtos para proteção de cultivos. A empresa foi fundada em 1969, evoluindo de um fabricante indiano de agroquímicos para uma empresa líder global com um grande portfólio de soluções para agricultura.
A combinação de negócios entre Arysta e UPL forma uma das maiores empresas de proteção de cultivos do mundo, com uma cadeia de fornecimento  integrada, conhecimento de formulação e capacidade de distribuição global, tornando-se um fornecedor  para clientes nos principais mercados agrícolas. Além disso, o negócio combinado aumentará o acesso da empresa ao mercado, fortalecendo as redes de distribuição e alcançando milhões de agricultores em mais de 100 países.
Jai Shroff, CEO da UPL, disse que “a Arysta tem uma expertise incomparável no desenvolvimento de aplicações locais customizadas e complementa as soluções diversificadas de proteção de cultivos e pós-colheita da UPL. A ‘nova UPL’ pode cumprir nossa missão de ser o principal fornecedor global de soluções de cultivos para garantir o suprimento mundial de alimentos a longo prazo ".
Diego Lopez Casanello, presidente da Arysta, destaca “um grande voto de confiança da UPL na Arysta e sua equipe. Ambos os negócios são extremamente complementares. A escala e as capacidades da nova empresa gerarão valor significativo para os produtores, distribuidores e parceiros. Essa transação marca o começo de uma nova e vitoriosa história”.

https://www.grupocultivar.com.br/noticias/venda-da-marca-arysta-para-a-upl-fecha-em-4-2-bi-de-dolares

ALGODÃO: BRASIL ENVIA AO MUNDO UMA PLUMA RESPONSÁVEL

Da totalidade da produção mundial de algodão certificada, 30% é gerada em lavouras brasileiras. E da produção de pluma dos cotonicultores brasileiros, 80% é certificada. Ou seja, atende a normas de produção referentes aos pilares social, ambiental e trabalhista, de acordo com um total de 179 itens que atendem ao selo Algodão Brasileiro Responsável (ABR), gerenciado pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) e implementado pelas associações estaduais. A ABR engloba uma centena de normas a mais que a própria certificação internacional, a Better Cotton Initiative (BCI), visto que que a iniciativa brasileira contempla aspectos ambientais que são específicos da agricultura brasileira.

A responsabilidade do algodão brasileiro foi apresentada e descrita pelo presidente da Abrapa, Arlindo de Azevedo Moura (na foto), em evento à imprensa agrícola na semana passada, na Fazenda Pamplona, que pertence ao Grupo SLC Agrícola, em Cristalina/GO. A propriedade do grupo que plantará nesta safra mais de 455 mil hectares (também em outras 15 fazendas) é um exemplo de produção agrícola responsável, visto uma série de certificações obtidos pela companhia, inclusive em nível internacional. “A SLC Agrícola pode atender a qualquer mercado no mundo, até os mais exigentes”, definiu Álvaro Dilli, diretor de Recursos Humanos e Sustentabilidade do grupo. “Entrar no processo de sustentabilidade dá lucro”, esclareceu, ao mencionar os custos da adesão às normas, que são altos, além da posterior manutenção anual, em comparação aos retornos obtidos de gerar produtos responsáveis e viáveis até para nichos de mercado.

O presidente da Abrapa descreveu em detalhes todo o processo de adesão dos cotonicultores à certificação ABR, que foi lançada em 2012, mas precedida de outras iniciativas. O produtor, por exemplo, precisa atender 85% dos 179 itens exigidos no primeiro ano, e evoluir em dois pontos percentuais por ano até chegar a 90%. A esclarecer: no caso de trabalho infantil e trabalho análogo à escravidão, é preciso sempre estar 100% de acordo com as exigências. Moura esclareceu que o maior incentivo ao produtor certificado não é um eventual bônus de preço pela pluma, mas a necessidade de estar apto a atender aos mercados internacionais. E há um ganho em paralelo, também observado na SLC Agrícola: são mais altas a produtividade e a rentabilidade das propriedades certificadas, justamente por serem melhor executadas. Em relação aos associados à Abrapa, a produtividade dos certificados é 13% superior. (crédito da foto: Carlos Rudiney Mattoso)

A reportagem d'A Granja esteve no evento a convite da Abrapa
Data: 16/07/2018


TABELAMENTO DO FRETE IMPACTA NAS EXPORTAÇÕES DO AGRONEGÓCIO

As exportações do agronegócio gaúcho, no mês de junho, já apresentaram os primeiros efeitos do tabelamento do frete implantado pelo governo brasileiro. Conforme o Relatório de Comércio Exterior do Agronegócio do Rio Grande do Sul, divulgado pelo Sistema Farsul, nesta terça-feira, dia 17, houve uma queda de 25,1% no valor e 30,4% no volume comercializado em relação a maio de 2018, o equivalente a uma redução de US$ 341 milhões. Mas os reflexos não se restringiram ao setor. No geral, o estado vendeu 17,1% menos no último mês. 

O impacto nas exportações do grupo Carnes foi expressivo, atingindo – 42,5%. Somente a carne bovina teve queda de 55,6%, com registros de retração também no frango (-39,9%) e suínos (-37,8%). Outro grupo que apresentou resultado negativo foi o Cereais com -39,8%, puxado pelo arroz com uma diminuição de 40,4% nas vendas. O principal produto gaúcho no mercado internacional, a soja, não escapou dos reflexos do tabelamento, com uma diminuição de 37,4% na comercialização. O grupo produtos florestais acompanhou o movimento dos demais (-10,6%). Somente o grupo Fumo e seus produtos registrou crescimento, com um aumento de 34,5% no valor exportado. 

Na comparação entre os meses de junho de 2017 e 2018, também foram registrados resultados negativos. A queda foi 10,5%, equivalente a US$ 120 milhões. O grupo Carnes novamente apresenta uma forte retração, com -61,7%, tendo carne bovina, frango e suína atingido -38,8%, -62,1% e -67,2%, respectivamente. O grupo Fumo e seus produtos teve baixa de 25,4%. Já o grupo Cereais teve aumento de 132% influenciado pelo arroz e o grupo Produtos Florestais também atingiu aumento nas vendas de 53,6%. Apesar dos números de junho, no acumulado do ano o crescimento das exportações é de 15,9% em relação ao mesmo período do ano de 2017. A China se mantém como principal destino do agronegócio gaúcho, com 46% do valor exportado. Em segundo aparece os EUA com 4% e em terceiro a Coreia do Sul, 2,5%. 
Data: 18/07/2018
Fonte: Farsul

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